BRAINSTORM: Millennial whoop

By Eduardo Albuquerque - 9/13/2016




Já falei por aqui o quanto amo música, né?  Música é algo divino, uma das coisas que mais nos aproximam de "Deus" (seja lá o que for isso). É algo que sempre teve e sempre terá uma mega presença na minha vida e acho que tem muitas coisas dela que podemos usar não só na vida como no audiovisual. Não apenas especificamente no campo "audio", mas como um todo. Especialmente no que diz respeito "composição" (de música e de roteiro) com a observação de ritmo/flow narrativo/musical. Mas, em um campo mais superficial, também quanto às formas de consumo; por que não? Afinal é uma forma de "arte" bem próxima.


Outro dia desses esbarrei nesse link que fala sobre um "trend" musical que permeia inúmeras canções que os chamados "millenials" amam(os?). É basicamente uma sequência de notas que alterna entre a terça e a quinta da escala maior do tom que for. Fica indo e vindo "u-i-u-i-u". Acho que esse tipo de repetição coletiva acontece com mais frequência do que se imagina; simplesmente ninguém com conhecimento veio à frente pra apontar isso pra geral. E não creio que tenha muita conspiração por trás desta "trope"; é apenas uma mistura de: tentativa consciente de soar "em concordância" com o que está fazendo sucesso por aí, e influência inconsciente do que está fazendo sucesso por aí.

O que me fez pensar: e o cinema? Qual é esta tendência atual que marca nossa época atual? Existe? Não tenho resposta; joguei aqui no blog por que vim pensando nisso e achei que dividir a coçeira no cérebro com a galera era mais produtivo do que morrer com ela. Fora que fazia muito tempo que não rolava Brainstorm! Tava com saudade. Mas se eu tivesse que palpitar, diria que é aquela coisa de começar o roteiro/filme com algo super empolgante (cheio de ação ou tensão) e logo depois (na quinta, no máximo na sétima página) notar que é um flashback e dizer "Seis meses antes" ou algo do tipo. Você vê direto por aí.

Como isso é um brainstorm, acho que a idéia não é encontrar essa "trope" e usá-la e sim dá-la como clichê, para, aí sim, subvertê-la e trazer algo fresco. Temos que sempre pensar à frente. Saber o que tá "rolando", mas - se for pra perseguir qualquer coisa além do melhor que você pode fazer ou do que você quer escrever -  sempre perseguir a próxima coisa. Seja um líder!

E aí? Qual é a millennial trope do cinema? Fala aí nos comentários!

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4 comentários

  1. hahaha, o meu é na página 5... sabe o que é isso? Influência do Tio Sam. Para o bem e para o mal...

    Mas muito louco o artigo (o teu e o referente ao padrão musical). Nunca tinha notado. Mas acho que isso é coisa de produtor. Não acredito em inconsciente no mundo POP. Um inconsciente coletivo que já foi trabalhado e retrabalhado para colher os frutos mais rapidamente, pode ser. Dizem que uma música POP tem uma introdução pequena e não demora à chegar ao refrão. Essa aí, do ui-ui-ui deve ser outra regra. Esses caras (produtores musicais) não dão ponto sem nó. Vou prestar mais atenção. Às músicas e aos meus roteiros...

    Abraço!

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    1. Zas, o louco da conspiração hahah

      já ouviu falar do Dr. Luke? Além das controvérsias lá com a Ke$ha, dizem que ele tem uma fórmula musical de sucesso mais ou menos como a que você falou, de repetição curta e ida pro refrão e tal... cara, pode até ser, mas sei lá. Não existe "segredo", eu acho. Ainda mais quando é costume... nego cansa e passa a refutar (a musica e o storytelling) se ele for muito repetitivo dessa trope. Agora; musica e narrativa bem feita é consumida sempre, independente da caixinha onde tentarem colocar, independente das repetições. Ou assim espero! =P

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  2. hahahaha... no mundo do "business", não tem espaço para o inconsciente (frase de feito, clichê na veia!)

    A gente lê muito (tanto livros técnicos sobre roteiros, blogs etc, como literatura mesmo, essencial pra formar um vocabulário e construir as narrativas) e se depara com muitas dicas, e algumas "dicas". Mas algumas a gente guarda: "leia bastante e escreva ainda mais. Nunca pare de escrever" ou: "é preciso escrever pelo menos 10 roteiros para ter o domínio da arte" (número cabalístico?)... ou ainda "o lance é fazer o mesmo, mas de forma diferente" ("lance" foi minha colaboração. Não lembro o termo correto). Mas o fato é que essas coisas ficam no nosso inconsciente, a quanto mais escrevemos, mas vamos "lavando" isso de nossos trabalhos. V.O., o início mais tenso, os diálogos óbvios. Por isso concordo que lá pelo sexto, sétimo trabalho, se soubermos assimilar todas as críticas e sugestões que recebemos e continuar lendo e escrevendo e pesquisando, teremos algo melhor à apresentar. E é bem isso que você colocou no final do artigo: o clichê, o tradicional, o batido vai estar na nossa memória, não tem jeito. O que precisamos é pegá-los e se necessário, usar de uma forma diferente, ousada, nunca vista (ou nunca lembrada...). Ou então, não usar. Aquele trabalho que te falei (sonhos + alzheimer + antidepressivos + notebook + Inception) já não tem mais V.O. nem o início ("HMM, ok. Um bom começo. Chamou a atenção, mas..."). Tava indo bem. Mas aí veio a Helena...

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  3. *frase de efeito (a cabeça vai mai rpido qu os ddos)

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